BAOBÁ cineclube | BRASIL

OLHARES SOBRE O RACISMO (2021 | Bantumen & SOS Racismo | 30´ | Portugal) é um documentário produzido numa parceria conjunta entre a SOS Racismo e a BANTUMEN que condensa os contributos de várias figuras da mobilização social e política para a causa e reflete a interseccionalidade, a diversidade e a transversalidade das várias frentes do combate contra o racismo em Portugal.

MEMÓRIA (2022 | Welket Bungué | 19´ | Guiné-Bissau/Portugal/Brasil) é moldado pelo misticismo guineense, a poética da simultaneidade, e pela voz da resistência e da reflexão em Amílcar Cabral. Entre a algazarra de um réveillon passado nas Ilhas Bijagó, e a descoberta de um sentimento que se renova com o reencontro das pessoas e dos lugares, ‘Memória’ adentra as camadas de linguagem e comportamento para celebrar a complexidade histórica e intergeracional que habita a Guiné-Bissau. O olhar como ferramenta de escrita de si. Uma janela para o mundo, uma possibilidade de trânsito. O diretor traz em suas obras discussões potentes sobre corpos que circulam e se movimentam, e “Memória” traz essa questão em seu cerne.

BRUXONAS (2020 | Puta da Silva | 4´ | Brasil/Portugal) é o clipe de estreia da Puta da Silva – artista e mestra brasileira radicada em Portugal.

LEALDADE (2019 | Ana Stela Cunha & Milene Avelar | 7´ |, Brasil/Portugal) é um convite a queimar. No Quilombo de Damásio – tal como em praticamente todo o Estado do Maranhão – a brincadeira da “dança portuguesa” faz parte dos extensos festejos juninos. Mas quando nos deparamos com esta brincadeira numa “terra de preto” o estranhamento vem à tona.

ESTAMOS VIVOS (2019 | Ficcionalizar | 5´ | Brasil) é uma animação, uma celebração. A cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no país. Desafiando as estatísticas, a juventude negra e quilombola do sertão pernambucano encontra “superpoderes” para transgredir as regras e reinventar seus caminhos.


Todas as produções estão disponíveis na rede – apenas a penúltima foi autorizada/cedida pela diretora. O primeiro documentário ilustra bem a luta antirracista portuguesa – no âmbito dos 30 anos do SOS Racismo; o curta do Welket Bungué, que sempre disponibiliza obras suas para nossas sessões, relembra e redimensiona o pensamento de Amílcar Cabral; a Puta da Silva, assim como a Casa T, surgem em 2020 como símbolo de arte e resistência em Portugal; Lealdade não nos permite esquecer o que é aquilombamento e a animação do Ficcionalizar, sempre presente nas nossas sessões também, celebra as nossas vidas. Fiquem à vontade para re-ver, acompanhar e fortalecer tais artes/artistas!

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